Hoje fui tocado por Deus... Frente a uma equipa guerreira e que tentou um pouco de tudo para nos dificultar a vida conseguimos cumprir o nosso objectivo. Entrámos concentrados no jogo mas o adversário enquanto esteve bem fisicamente pressionou e muito o nosso portador da bola anulando muitas vezes as nossas acções ofensivas. Soubemos ser pacientes e mais ou menos a meio da primeira parte num remate de longa distância o nosso capitão Yoshikawa abriu as hostilidades. A reacção dos vietnamitas veio logo de seguida ajudados por uma arbitragem com critérios muito duvidosos e que foram no decorrer do jogo prejudicando e muito a nossa equipa. Consequência dessa má arbitragem a nossa equipa ficou algo nervosa e acabámos por sofrer o empate e até poderíamos ter ficado em desvantagem não fosse a barra nos ter salvo. Depois como de costume tivemos acertados nas bolas paradas e nos escassos quatro minutos finais o nosso matador Kaoru fez quatro golos. Um canto, um livre, um contra ataque e um livre de dez metros acabaram com o equilíbrio com que se viveu o primeiro tempo. Ao intervalo 5-1. Na segunda metade entrámos novamente bem com uma equipa bastante móvel e numa das muitas recuperações de bola com transição conseguimos aumentar a vantagem através do Yuki. O jogo ficou um pouco mais lento e entrámos numa fase de gestão pois três jogos em três dias devem ser jogados se possível com inteligência e o resultado momentâneo permitia tudo isso. Apesar de não estar instalado um marasmo quando faltavam pouco mais de sete minutos para jogar (e peço desculpa por estar a descrever tudo isto na primeira pessoa) aconteceu o momento do jogo. Se para mim jogar uma partida era um sonho tornado realidade, aquilo que me aconteceu foi algo divino. Foi perfeito... Numa saída de pressão trabalhada e quando já tinha lido os constantes adiantamentos do guarda redes adversário tentei a minha sorte e marquei um golo de uma área até à outra, com a bola a sobrevoar todo o campo e todos os jogadores só parando no ângulo superior esquerdo. Aos 34 anos e numa noite para recordar provavelmente marquei o golo que irá marcar para sempre a minha carreira. Agradeço a Deus por me ter tocado naquele momento e jamais irei esquecer o que senti. A partir daí eles ainda colocaram o guarda redes avançado mas o melhor que conseguiram foi reduzir a desvantagem por uma vez estabelecendo o resultado final em 7-2. Amanhã tem novo jogo e que irá decidir quem fica com a liderança do grupo contra uma equipa liderada por grandes amigos (Adil e Barth) e onde jogam dois jogadores que passaram por Portugal (Danilo ex-Boticas e Esteves ex-Fundão e ex-Fundação).
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